Dicas, Tipos de Cilindros 27 nov 2015

Breve comparativo de normas voltadas à fabricação de cilindros de aço para alta pressão

cilindros

Prefácio:

Diferentes culturas, continentes e conceitos para um mesmo produto. Assim, só poderíamos ter diversas normas sobre cilindros de alta pressão.

Nascidas em um primeiro instante na Europa, aliás só poderiam ser originárias de lá, pois afinal foi onde os Vikings fizeram e aprimoraram as suas primeiras espadas e escudos.

Das normas:

Na ALEMANHA surgiu com as normas DIN (Deutsches Institut fur Normung), a última, a DIN 4664, que versa sobre os cilindros para armazenamento de gases.

Algumas de suas características:

●     Pressão de teste: 1,5 vezes a pressão de trabalho;
●     Rosca do cilindro: DIN 477;

Da mesma época, para não ficar para trás a INGLATERRA produziu a sua norma denominada BS 5045 (British Standard), com características semelhantes à DIN, ou seja:

●     Pressão de teste: 1,5 vezes a pressão de trabalh;
●     Rosca do cilindro: ¾ NGT (National Gas Taper Threads), para o mercado americano;

Chegamos então às normas Norte Americanas, elaboradas pela DOT (Department of Transportation), que regula tudo que seja transportável, inclusive sobre rodas, no território americano.

●     Pressão de teste: 5/3 da pressão de trabalho;
●      Rosca do cilindro: Padrão NGT, ¾ ou 1” polegadas.

No BRASIL, nos idos de 1970 formou-se a primeira comissão para a elaboração da norma nacional pela ABNT (Associação Brasileira e Normas Técnicas), sob o título EB-160, tendo como modelo a norma DIN 4664, utilizada inicialmente na produção de CILINDROS DE AÇO CARBONO SEM COSTURA PARA ARMAZENAMENTO DE GASES A ALTA PRESSÃO, focando anorrmatização de cilindros para Extintores de Incêndio contendo Gás Carbônico, CO2.

Em seguida, de forma cadenciada e evolutiva, com o firme propósito de se adequar às necessidades do mercado e principalmente às companhias de gases, as normas foram tomando uma forma direcionada ao padrão americano, vigente na época. Desta forma, tendo como base as normas do DOT, foram criadas as congêneres brasileiras:

●     EB – 926 equivalente à DOT-3AA para Cilindros Temperados
●     EB – 1199 idem à DOT-3A para Cilindros Normalizados
Evoluindo para:
●     NBR 12790 e NBR 12791 de 02/1993 respectivamente.

Não podemos deixar de citar mais algumas normas particulares de cada país de origem, como:

●     AFNOR (Associação Francesa de Normatização)
●     IRAM (Instituto Argentino de Racionalizacion de Materiales)
●     JIS (Japanese Industrial Standards)
●      AS (Australian Standard)
●     COVENIN (Normas Venezuelanas)

Finalmente, a ISO (International Organization for Standardization):

Bom, para complementar esta miscelânea de normas técnicas e visando unificar esta TORRE DE BABEL normativa, os países europeus resolveram criar e adotar uma norma em comum, editada pela ISO (International Organization for Standardization), destinada a atender os fabricantes e usuários de Cilindros de Gases Comprimidos Permanentes e Liquefeitos. Nascida como ISO 4705, editada em 15/07/1983 e modificada posteriormente para ISO 9809-1, -2 e -3, e também ISO 11439, atendendo a uma gama de particularidades, serviram como base para a atualização das normas brasileiras, agora com um viés europeu, pois o BRASIL é signatário e membro do comitê da ISO.

Hoje estas normas seguem a seguinte nomenclatura:

●     NBR ISO 4705: Cilindros de aço recarregáveis, sem costura, para gases (em desuso e substituída pelas posteriores);
●     NBR ISO 9809-1: Cilindros para gases – Cilindros de aço recarregáveis, sem costura, para gases – Projeto, construção e ensaios;
●     Parte 1: Cilindros de aço, temperados e revenidos, com resistência à tração inferior a 1100 Mpa.
●     NBR ISO 9809-2: idem acima,
●     Parte 2: idem, com resistência a tração superior a 1100 Mpa.
●     NBR ISO 9809-3: idem acima,
●     Parte 3: Cilindros de aço normalizado

Existem ainda algumas normas NBR em separado que se referem a recipientes em plástico e em tubos de aço com costura, porém destinados ao uso com gases em Baixa Pressão.

Deixamos de comentar também a respeito de vasos de pressão dotados de revestimento externo em fibra carbono e fibra de vidro.

10 thoughts on “Breve comparativo de normas voltadas à fabricação de cilindros de aço para alta pressão

  1. No caso no Brasil as normas de cilindros de alta pressão que mais rodam no mercado sai
    3a 150 bar ou 200 bar
    3aa 150 bar ou 200 bar
    3 aa 2015 ……. Em diante
    Eb 926
    Eb 1199
    15 moa
    20 moa

    São as que conheço
    Haveria outras para caso eu receba um cilindro e saiba identificar , pois sei as de baixas

    Eb 160
    3a 1800

    Já ouvi falarem que a eb 160 tem ele de 150 bar que aguenta pressão e verdade
    Tipo tem uns cilindros da marca fangal que são assim .
    Aguardo .
    Marcus marques

    1. Olá Marcus, tudo bem?
      As normas ATUAIS no Brasil são : NBR ISO 9809-1 / 9809-2 / e 9809-3 que tratam de cilindros TEMPERADOS (-1 e -2) e NORMALIZADOS (-3).

    1. Em princípio, salvo mencionado em norma, todos os cilindros submetidos ao reteste e que sejam aprovados dentro dos critérios da norma que os regem, terão vida limitada aos resultados obtidos. Exceção feita aos cilindros produzidos segundo a norma NBR ISO 11439, que limita a sua vida útil a no máximo 20 anos da data de fabricação.

  2. Boa tarde, gostaria de saber porque os cilindros de hélio com pressão de operação de 200 bar e pressão de teste de 300 bar são carregados apenas com 150 bar. Há risco de se colocar 170 ou 180 bar, por exemplo? Gostaria de saber tb o preço dos cilindros de 20l para helio. Agradeço. João Fábio.

    1. Olá João Fábio. Provavelmente a bomba utilizada na base de carregamento do Hélio está limitada a 150 bar, você pode verificar com o seu fornecedor! Com relação ao orçamento, favor entrar em contato com nosso departamento comercial, obrigado.

    1. Olá Agaci, tudo bem?

      A Norma ISO 4705 foi substituída pela Norma ISO 9809-1.

      No entanto, cilindros fabricados segundo esta Norma, ISO 4705, aplicada a cilindros de armazenamento de gases permanentes ou liquefeitos, continuam ativos, ou seja, podem ser utilizados normalmente , porem de devem ser retestados periodicamente durante a sua vida de utilização.

      Se o questionamento se refere a cilindros que se utilizam do GNV, a mesma regra é aplicada, devendo ser acompanhado de retestes periódicos, de 5 a 5 anos, ou quando constatado danos externos ou internos, sejam eles de origem mecânica ou fogo.

      Ficamos à disposição para caso tenha outras dúvidas.

  3. Boa noite,me chamo João trabalho em uma empresa multi nacional no segmento de gás,e gostaria de saber porque existe cilindros que possuem duas normas uma é a Dot 3aae a outra é isso 9809-1 posso entender como normal?

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