Nos últimos anos, a preocupação com o meio ambiente tem crescido, impulsionando a busca por soluções sustentáveis e a adoção de políticas mais rígidas. Um dos marcos mais significativos nesse contexto é a Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal.
O acordo internacional visa reduzir o uso de substâncias que afetam a camada de ozônio e mitigar os impactos das mudanças climáticas.
A Emenda de Kigali, adotada em 2016, estabeleceu um cronograma para a redução gradual do uso de hidrofluorocarbonetos (HFCs), potentes gases de efeito estufa, utilizados principalmente em sistemas de refrigeração e ar-condicionado.
No entanto, é em 2024 que vemos um marco importante na implementação dessa emenda, com os agentes químicos sendo restritos e os agentes inertes, de extinção de incêndio, ganhando mais força.
Saiba mais a seguir!
Para entender a importância desse momento, é vital examinar a diferença entre os agentes químicos e os agentes inertes de extinção de incêndio.
Os agentes químicos tradicionais, como os HFCs, são conhecidos por contribuir significativamente para o aquecimento global e para a destruição da camada de ozônio.
Sua utilização indiscriminada tem sido uma preocupação crescente para a comunidade internacional, impulsionando a busca por alternativas mais sustentáveis.
Por outro lado, os agentes inertes, como o Nitrogênio, Argônio, Dióxido de carbono (CO2) ou misturas destes gases, são opções adequadas ao meio ambiente, quando falamos de extinção de incêndios, já utilizados largamente em todos os países.
O CO2 utilizado em sistemas de combate é extraído da atmosfera ou capturado em processos em que ocorre como subproduto. Assim, embora seja um gás que contribui para o efeito estufa – na verdade é o referencial, não é considerado como contribuidor para a ocorrência deste efeito
Portanto, a transição para os agentes inertes representa um passo significativo em direção a práticas de combate a incêndios mais sustentáveis e ecologicamente responsáveis.
A mudança para agentes inertes de extinção de incêndio, impulsionada pela Emenda de Kigali, tem o potencial de gerar impactos positivos significativos em escala global.
Reduzir a emissão de HFCs e outros gases de efeito estufa associados aos agentes químicos contribuirá para mitigar as mudanças climáticas e proteger a camada de ozônio.
Além disso, a adoção de agentes inertes levará a uma redução na dependência de substâncias prejudiciais ao meio ambiente, promovendo práticas mais sustentáveis em diversos setores, como a indústria de combate a incêndios, a aviação e a indústria de refrigeração.
Na União Europeia, onde os regulamentos de redução progressiva do HFC estão criando um processo muito mais rápido que o determinado pela Emenda de Kigali, a utilização de HFC em novos sistemas já foi eliminada, exceto em aplicações muito especializadas, em que as alternativas são consideradas de desempenho inferior.
Em sistemas fixos com gases halogenados, o HFC-227ea é, até o momento, o agente HFC mais utilizado. Todos os agentes HFC têm GWP muito altos e empresas especializadas em sistemas de combate a incêndio estão tentando fornecer alternativas de GWP mais baixos.
Hoje nos encontramos, com relação aos produtos com alto GWP, em uma situação muito parecida, guardada as devidas proporções, com a que nos deparamos na década de 90, quando o Halon foi identificado como o principal problema para o meio ambiente e estamos, mais uma vez, em busca de alternativas. A escolha depende do tipo de instalação a ser protegida.
Áreas com equipamentos sensíveis, de alto custo de reposição ou obras especiais -cuja recuperação é impossível em caso de dano pelo fogo ou, como ocorre algumas vezes, pelo próprio agente utilizado no combate ao incêndio. Enfim, instalações como Data centers, Arquivos, Centros de Telecomunicação, Áreas de Processamento, Salas de Controle, Museus, Galerias de artes entre muitas outras, requerem especial cuidado na seleção do agente.
As alternativas disponíveis atualmente estão listadas na Tabela abaixo. Cada uma delas possui vantagens e desvantagens, que devem ser consideradas.
A Gifel, especialista em soluções de combate a incêndios, tem um compromisso inabalável com a busca por inovações e sistemas que promovam a proteção do meio ambiente, o bem-estar e, é claro, a segurança.
Com a transição para agentes inertes de extinção de incêndio, a empresa desempenha um papel vital na oferta de alternativas sustentáveis e ecologicamente responsáveis.
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