
Cilindros de alta pressão são fundamentais em diversos setores da indústria química à segurança contra incêndios.
Mas um detalhe costuma passar despercebido até que se torne um problema: seu desempenho depende da realização periódica de um procedimento técnico chamado teste hidrostático.
A aparência do cilindro pode até enganar, mas é dentro dele que mora o risco, e é por isso que, neste artigo, você vai entender por que o teste hidrostático é tão importante, como ele é feito, com que frequência deve ser realizado e o que a falta dele pode causar.
Continue a leitura e garanta que seus equipamentos estejam realmente seguros!
O que é o teste hidrostático e por que ele é obrigatório?
O teste hidrostático é uma inspeção obrigatória feita para verificar a resistência e a estanqueidade dos cilindros que armazenam gases sob alta pressão.
Em resumo, o cilindro é carregado com água, submetido a uma pressão uma vez e meia acima da pressão de trabalho normal e monitorado quanto a expansão, vazamentos, deformações e outros sinais de falha estrutural.
Essa verificação está prevista nas normas técnicas ISO 9809 e NBR 12274 e 12962, e é exigida pelo INMETRO para que o cilindro continue em operação. Ignorar esse procedimento é, basicamente, confiar em um equipamento que pode falhar quando mais precisa funcionar.
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Quando o teste hidrostático deve ser feito?
A periodicidade do teste depende do tipo de gás, da aplicação e do material do cilindro. Mas, em geral, a recomendação mais comum é de realizar o teste a cada cinco anos.
No entanto, há situações que exigem inspeção antes desse prazo:
- Após o uso do cilindro em condições severas
- Quando há suspeita de danos físicos ou corrosão
- Sempre que o equipamento apresenta vazamento ou deformações visíveis
- Após exposição prolongada a intempéries, vibração ou variação térmica excessiva
Ou seja, não basta seguir um cronograma fixo, é preciso avaliar o histórico de uso e os sinais do próprio cilindro e, acima de tudo, contar com profissionais capacitados, como a equipe da Gifel, para identificar qualquer irregularidade com precisão e responsabilidade técnica.
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Como o teste hidrostático é realizado?
Apesar de parecer simples, o teste exige equipamentos específicos e uma sequência precisa de etapas. Na Gifel, esse processo é conduzido com rastreabilidade completa e rigor técnico, respeitando todas as exigências normativas nacionais e internacionais.
O procedimento básico inclui 5 passos, veja eles a seguir:
- Esvaziamento e inspeção interna e externa do cilindro
- Enchimento com água dentro da camisa d’água
- Aplicação de pressão uma vez e meia superior à pressão de trabalho
- Verificação da expansão do cilindros – que não pode ultrapassar em 10%
- Verificação de vazamentos, deformações permanentes ou rupturas
- Secagem e jateamento interno com granalha de aço
Se aprovado, o cilindro recebe uma nova marcação de validade e pode retornar à operação com segurança.
O que pode acontecer se o teste não for feito?
A omissão do teste hidrostático expõe pessoas e empresas a riscos reais, um cilindro que parece visualmente íntegro pode ter sua estrutura interna comprometida, pronta para colapsar sob pressão, algo que não se vê a olho nu.
Segundo o Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, os índices de falhas detectados em extintores e sistemas pressurizados superam 30%, o que representa um risco direto à segurança patrimonial e à vida humana caso não haja manutenção e inspeção periódica adequada.
A ausência do teste também invalida certificações exigidas por normas como a NR-23, impede o atendimento a auditorias de segurança e pode levar à recusa de cobertura por seguradoras em caso de sinistro.
Confie em quem realmente entende de alta pressão
O teste hidrostático é o que separa o risco do controle, e só quem domina a engenharia por trás desses sistemas pode garantir isso com excelência.
Fale com a Gifel e descubra como garantir a durabilidade dos seus cilindros com a precisão que o seu projeto exige.