Dicas, Equipamentos de Combate a Incêndios, Notícias 24 mar 2016

Sistema de combate a incêndio para hospitais

Sistema de combate a incêndio para hospitais

A NFPA define uma unidade de saúde como “Uma instalação usada para fins médicos ou outros tipos de tratamento de saúde de quatro ou mais pessoas, em que seus ocupantes são em maioria incapazes de sua própria preservação devido à idade, incapacidade física ou mental, ou por medidas de segurança que não estão sob o controle desses ocupantes”. “Incapazes de sua própria preservação” significa que cada indivíduo não seria capaz de deixar o prédio por si mesmo em caso de incêndio. Unidades de saúde são hospitais, hospitais psiquiátricos e hospitais especializados, bem como casas com enfermeiras à disposição, centros de saúde, instalações de cuidados intermediários e asilos.

Em adição aos problemas referentes à essas áreas, cujos pacientes não podem ser evacuados por si mesmos, existem também os procedimentos cirúrgicos que não podem ser parados por causa de um incêndio. Outros desafios em hospitais incluem: helipontos, laboratórios com quantidade significativa de gases e substâncias químicas inflamáveis, equipamentos que necessitam de resposta humana imediata, máquinas de ressonância magnética e tomografia, aceleradores estofados, cozinhas industriais, geradores de energia, locais de armazenagem de produtos perigosos, etc.

Entre 1980 e 1984, os departamentos de bombeiros dos EUA responderam a cerca de 7100 incêndios por ano, resultando em uma média de 5 mortes por ano nesses incidentes, já no período de 2006 a 2010, depois da implementação do Código, foram 1400, com menos de uma morte por ano.


Combate

O banimento do cigarro levou a uma queda significante no número de incêndios causados por materiais inflamáveis. Os sprinklers também foram adicionados a essas novas construções, e fizeram com que os hospitais se tornassem muito mais seguros.

Mesmo que o número de incêndios nessa área tenha diminuído nos últimos anos, ainda é muito importante que o Corpo de Bombeiros esteja ciente de como funciona a operação nesses casos. A maior diferença entre incêndios em estruturas comerciais e residenciais é que em um hospital os ocupantes não podem deixar o prédio por si só. Durante um incêndio, as áreas de internação são protegidas movendo os pacientes horizontalmente para longe da fumaça.

A equipe de outros departamentos devem auxiliar na mobilidade dos internos, sendo o mais rápidos possível, devendo ajudar pacientes que estejam em cadeiras de rodas e em camas com rodas. Pacientes internos que passam por grande risco em caso de movimentação só passam por isso como último recurso disponível.

Todos os hospitais devem realizar uma simulação de incêndio por trimestre, e é benéfico que o Corpo de Bombeiros participe dessas simulações para entenderem como o hospital funciona nessa situação e quais são as melhores possibilidades.


Estrutura

Além disso, é muito importante entender quais são os recursos de proteção contra fogo que estão disponíveis no hospital, muitos possuem uma estrutura incompleta. Por causa de seu tamanho, muitos possuem bombas de incêndio e é necessário saber:

  • Onde está localizada;
  • A vazão;
  • A reserva técnica;
  • E se sua ativação é automática ou manual.

Os bombeiros também precisam entender como funciona o sistema de alarme e detecção de incêndio, os sistemas mais novos possuem dispositivos que indicam o exato local de foco, e embora essa informação seja útil, os bombeiros precisam saber interpretar os sinais para que o combate seja eficaz. Hospitais mais antigos não contam com isso, e seus alarmes vão simplesmente soar.

Hospitais são frequentemente grandes complexos de prédios interconectados, é importante saber que os sistemas de incêndio desses prédios estão também conectados, e que todos os alarmes soam quando um deles é ativado em um prédio. Alguns hospitais possuem um sistema que auxilia o Corpo de Bombeiros já enviando a localização correta do incêndio.


Relacionamento entre o Corpo de Bombeiros e o Hospital

É importante construir um relacionamento com o hospital e sua equipe de segurança, para que no momento do incêndio a administração seja mais controlada. A maior parte dos hospitais possuem um administrador geral de segurança, responsável por liderar as instalações.

Quando os bombeiros reveem o plano de segurança junto à equipe, eles também passam a entender como funcionam os sistemas de aquecimento, ventilação, ar condicionado, proteção contra incêndio, elétrico, gerador e de emergência do prédio.


Sistemas

Muitos hospitais antigos possuem sistemas de ventilação totalmente exteriores, ou seja, todo o ar distribuído dentro do local vem de fora, e o ar de dentro é expelido para o exterior. Os mais novos possuem um sistema que se ativado substitui todo o ar do interior por ar novo e limpo.

Hospitais possuem canais de oxigênio, óxido nitroso, nitrogênio e dióxido de carbono. Esses gases são tipicamente armazenados em tanques ou múltiplos cilindros combinados, e geralmente se encontram em uma área externa. Alguns são armazenados em forma líquida, e se transformam em gás apenas quando utilizados, e então distribuídos para as instalações segmentadas através de válvulas de zona, que permitem a isolação dos sistemas. É interessante entender quem está autorizado a operá-las, já que na maioria dos hospitais o clínico responsável é o único aprovado a essa função.

Em se tratando de um incêndio em hospital, desconectar completamente a energia do local é complicado por dois motivos:

  1. Há a necessidade de uso contínuo de energia mesmo durante uma situação de fogo. Não é incomum em prédios residenciais ou comerciais que os bombeiros desliguem a energia para eliminar os danos, mas no caso de hospitais, isso tem consequências mais severas: pacientes que precisam estar ligados à maquinas, salas de operação, áreas de cuidados intensivos, etc. Como dito anteriormente, em muitas situações não é possível interromper uma cirurgia, eles precisam continuar a operação até que o paciente fique estável a ponto de ser realocado.
  2. Todos os hospitais possuem capacidade de geração de emergência. Os bombeiros precisam ter uma clara compreensão de todos os geradores do local, e como essa energia é distribuída. Isso varia bastante de acordo com a idade do sistema utilizado.

A chave para uma operação de sucesso é entender como o prédio foi projetado para operar e como as características de combate contra fogo funcionam sob uma situação de emergência. Isso requer muito treino, estratégias, táticas e planos pré-incidentes para que as decisões tomadas sejam eficientes. Consulte a Gifel para o fornecimento de um sistema de combate à incêndios eficiente.

One thought on “Sistema de combate a incêndio para hospitais

  1. Senhores,
    muito bom o artigo e considerações.
    Pergunta:
    -a rede de sprinklers atende às salas cirúrgicas? ou
    – nas salas cirurgicas somente são instalados os detectores de fumaça?
    Att.,

    Cassio Magalhães, engo civil

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